Um dia a minha mamã saiu e o meu papá ficou a tomar conta de mim.
Eu tinha então perto de 2 anos e meio e estava a convalescer de um pequeno acidente.
Nessa altura alguém me deu um serviço de chá em miniatura que se tornou um dos meus brinquedos preferidos.
Certo dia o papá estava na sala a assistir atentamente ao Telejornal, enquanto eu, brincando com o meu novo serviço, ia-lhe servindo chávenas de "chá" que, naturalmente, era só água...
Depois de ter bebido e elogiado constantemente o meu "chá", a mamã chegou a casa.
O papá empatou a mamã na sala para que ela pudesse ver-me a trazer-lhe mais uma chávena de "chá" pois ele estava absolutamente "derretido" comigo.
A mamã esperou e viu-me chegar orgulhosa com mais uma chávena de "chá" e assistiu espantada ao ar deliciado com que o papá o bebeu até ao fim...
Mal o meu papá acabou de beber, a mamã (como só uma mãe saberia fazer) disse-lhe:
- "Ouve lá: alguma vez te passou pela cabeça que o único lugar com água a que ela chega cá em casa é a sanita????"
Sistematicamente, no nosso dia a dia, e por várias situações, deixamos de ter a clarividencia necessária para nos aperceber da realidade.
Não vem com isso mal ao mundo mas é necessário ter a capacidade de aceitar o nosso erro e a vontade de o corrigir.
Em relação as consequencias creio que se pode dizer que umas são mais saborosas que outras...
feliz dia
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